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sábado, 6 de junho de 2015

Caminhos, partidas, encontros, equilíbrio.

♪ Desde que você partiu espero (...)

Em frente ao mar, como um farol... 

  

Tamanho é meu interesse em pensar sobre como as pessoas que cruzam nossos caminhos afetam todo o equilíbrio emocional que imaginamos ter e como cada encontro transforma toda uma perspectiva de vida. Eu acredito na necessidade de mudanças, acredito que precisamos uns dos outros e que todas as pessoas que permitimos "entrar" têm e levam um pouquinho de nós. Têm um pouquinho de nós porque são as coisas em comum que nos aproximam, mas com o tempo, aprendemos que são as diferenças que fortalecem os laços, porque mudanças são necessárias e conviver com situações/coisas/pessoas diferentes no dia-a-dia é o que nos modifica, nos transforma, nos aperfeiçoa. e são as diferenças quais admiramos que nos trazem cada vez mais o afeto pelo próximo, e sem perceber, já até mesmo compartilhamos de manias, pensamentos e partes da personalidade, sem nem mais saber qual característica pertencia a quem primeiro. Acredito que isso aconteça porque um pedacinho de você se torna o pedacinho que você "roubou" do próximo, e em troca, deu-se um pedacinho de si pra ele também. Não por obrigação, mas por equilíbrio. Muitas vezes, o que as pessoas consideram seus defeitos, o outro precisava como "empurrão" para entender as coisas por um ponto de vista mais "duro", e aquela qualidade dele, pode ser o que faltava pra te fazer "mais humano"; assim como suas qualidades partilhadas, se tornam exatamente a persistência que o outro precisava pra evoluir, e os defeitos do mesmo é aquilo que te ajuda a ver que você pode (e deve) se amar, independente de como você é. Eu, particularmente, considero isso como uma "partilha de alma" e acho muito importante que pessoas próximas tenham essa partilha como prioridade, pois o que valo no fim é a sensação que tudo isso nos traz. Tudo que nos acontece, sejam tristezas ou conquistas, nos afeta e nos modifica. Algumas vezes de forma exagerada, outras de forma errônea ou também para melhor. São essas situações, essas sensações, essas pessoas que nos dão o sentido de viver. Você  se sente triste, desmotivado, sem valor, e de repente acontecem certas situações que te fazem ter vontade de melhorar. Da mesma forma que quando você está bem, a propensão de ajudar outra pessoa a se sentir bem e a melhorar em qualquer aspecto é muito maior. E assim, voltamos ao ciclo dos laços que são formados e de como eles se fortalecem. Só que sabemos que nem tudo é um mar de rosas. Do mesmo jeito que ocorrem mudanças em nosso caráter e em nossos sentimentos, mudanças também ocorrem nas outras pessoas. Mudanças quais provavelmente afetarão todo o ciclo ao seu redor, de forma boa ou ruim. Isso sem sequer citar as situações que simplesmente acontecem e mudam dezenas de vidas que estavam envolvidas naquele meio, de forma inesperada. E esse tipo de mudança (caráter/sentimentos/situações) sempre traz consequências, que geralmente refletem em partidas. Partidas vezes dolorosas, vezes necessárias. Partidas que criam cicatrizes na alma, partidas que trazem sorrisos involuntários sobre as boas lembranças. Partidas que nem percebemos que ocorreram, partidas que nos deram tempo pra nos despedir. Partidas que acontecem aos poucos, partidas que lutamos para que não aconteçam. Considero essas partidas como o lado bom e ruim, porque creio que muitas vezes temos que abrir espaço para conhecermos novos caminhos e sem as partidas, não conseguiríamos fazer isso com tanta disposição; tendo como contra-argumento o fato de que quando abrimos espaço para novos caminhos, muitas vezes esquecemos alguns que deveríamos manter. Além disso, todo caminho que se cruza cria uma marca. Sempre que falo sobre esse assunto, penso no seguinte desenho: vários vestígios de corações "partidos" voando no ar e formando um só coração, enquanto que esse mesmo coração, por outro lado, se despedaça. Penso isso porque acredito que todas as pessoas que passam por nossas vidas, deixam um pedaço delas conosco. Deixam um pedaço de sua personalidade, dos seus defeitos, das suas qualidades, das suas manias, dos seus gostos, das suas virtudes, crenças e muitas outras coisas. E quando deixam esse pedacinho que nós precisávamos, nos ajudam a nos moldar de uma maneira melhor; assim como quando nós partimos, também perdemos um pedacinho de todo essa nossa essência, pois a deixamos com a outra pessoa. A perda em si não significa que não temos mais aquilo em nossa personalidade, mas sim que o partilhamos com outra pessoa, e é essa partilha que equilibra a nossa vida para as situações cotidianos que vivenciamos naquele determinado momento. Um acontecimento necessário para o amadurecimento da alma. Não considero isso como uma perda, mas sim como algo que nos faz saborear melhor o significado de viver.